domingo, maio 10, 2009

Como eu como os Beatles

Desci pro porão com um prato na mão. Arroz, couve e frango: delícia de rango. Liguei na vitrola um sonzinho da hora: toquei "Let it be", um disquinho dos Beatles. Parti pra comida sagrada da vida; o disco tocando ao comer simultâneo. "Two of Us", "Dig a Pony", um Paul, outro Johnny. "Across the Universe", e é comida que desce. "I Me Mine", do George, matava minha fome. Foi em "Dig it" que houve o massacre da couve; tinha frango e arroz pra que vinha depois: "Let it be", que era o prato bem mais esperado. Das mãos de McCartney só sai boa arte...

— Mateus, pegue mais este frango pois você não comeu nada.
— Mas mãe! Assim o lado A vai acabar primeiro que a comida!

Então, bem na hora, se ouviu na vitrola uma parte riscada do disco dos caras. Pra dar tempo até eu comer o filé, um milagre fez ser "Let it be" outra vez. Que gostoso, que bom, que delícia de som! "Maggie Mae" concluída, acabada a comida.
(Neste dia, um grande beijo para todas as mães preocupadas com nós e com o que comemos)

Um comentário:

Carol Ferreira disse...

Bem, terei que ser repetitiva! Eu adorei! Além da relação muito saborosa entre a comida e as músicas, gostei especialmente das rimas no meio do texto. Que crônica gostosa de ler! Parabéns! Beijossssss, querido!