Sentia da ponta do dedo do pé até as raízes do cabelo que deveria dançar. A música precisava ser lenta para acompanhar cada movimento de forma completa e intensa, como se fosse possível ser totalmente levada pelas ondas da melodia. Mesmo depois de tanto tempo e de sentir a dureza dos seus movimentos, sentia que suas pernas, quadril, coluna, braços, cabeça, pele, coração, enfim, corpo, mente e alma estavam prontos para aquele balé. E bailou.
Ainda é bailarina? Talvez. Até mesmo uma caprichosa bolha estourou no dedo maior do pé. Ela não nasceu daquela breve dança, mas trouxe lembranças de um tempo bom. Uma surpresa essa bolha. Tão dolorida e tão doce.
2 comentários:
Ah! Doce bailarina, eu posso te ver de vez em quando. Posso te ver quando essa linda mulher está alegre como criança, leve como um pássaro no ar, em paz. Para-sempre-bailarina, obrigado por me inspirar sempre!
Estourou a bolha que a separava do balé!
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