Justo naquela noite chuvosa o fusquinha quebrou. Estavam perto do sítio e acharam melhor que as duas mães e os quatro filhos fossem caminhando. Seria mais rápido que esperar pelo conserto.
Estavam próximos do sítio, mas quem já andou na escuridão total, desviando de sapos e afundando, literalmente, o pé na lama deve ter percebido que a distância parece triplicar. Sem contar o choro das crianças. Naquela altura, as duas meninas e os dois meninos começavam a imaginar coisas: no lugar do mato não tão alto viam uma grande floresta, a chuva não tão forte ganhava dimensões de tempestade, os sapos pareciam mais jacarés e os pezinhos não eram ameaçados pela lama, e sim pela areia movediça do pântano da grande floresta. Um terror!
- Mamãe, o que são aquelas luzinhas amarelas ali? – perguntou o menino mais novo.
As primas e o irmão olharam assombrados na direção do dedinho. A mãe logo viu que eram vaga-lumes. No entanto, ela resolveu aproveitar a presença daquelas luzinhas para acalmar os quatro pequenos corações – e até mesmo os dois grandões – respondendo rápido:
- São as lanternas dos guardas-noturnos!
E todos ficaram mais calmos imaginando que se algo acontecesse era só chamar por um dos guardas.
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
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2 comentários:
hehehe! Conheço essa história! Queridos leitores, a Carol era uma das meninas da historinha, e a mãe era a querida dona Maria. Gostei muito da nova dimensão da situação (a floresta, a tempestade e a areia movediça, além dos guardas noturnos). Querida Carol, você mostra para nós que nós mesmos podemos criar grandes histórias a partir de situações "normais". Um beijo de irmão!
Que bunito. As cenas foram todas construídas cá na minha cabeça. Parabéns pelo texto.
E obrigado pelas considerações sr. João.
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