quinta-feira, julho 02, 2009

Um passo

Eu queria vestir uma meia verde

Para pisar a grama e me sentir pisado
Que eu tô muito separado deste vivo chão
Para fazer rir e chorar de rir
Que eu aceito ser palhaço deste triste caos
Para contrastar meia verde e meia verdade
Que é tudo meio falso neste mundo cão de meias brancas

Verde é cor do mato brasileiro
Meia furada que faz rir e chorar
E eu tô cheio dos dias de duas meias brancas
— Dias cheios que são tão vazios

Meia verdade
.......................Meia verde

Um comentário:

Carol Ferreira disse...

Falei em privilégio na "Angústia da extinção iminente" e terei que repetir agora! Tive o privilégio :D de ler o rascunho desse poema. E sabe, querido, que esse é um dos meus preferidos? Eu realmente amei a simbologia da meia e o jogo com a palavra meia - meia verdade. Sempre gostei de poemas que me fazem ver imagens, sabe? Como se eu pudesse fazer um vídeo delas. Está aí uma ideia! Você me busca para fazermos um vídeo desse seu poema? hihi. Beijão!!!!