quarta-feira, fevereiro 25, 2009

A Dança das Andorinhas

A chuva era iminente há duas horas. Era possível ouvir muitos trovões. Fiquei imaginando que as nuvens eram cortinas e que o barulho dos trovões era a arrumação do cenário de um espetáculo que estava por vir: A Tempestade, escrita pela Natureza. Ao que parecia, as cortinas não se abririam dentro daquela hora. Enquanto isso, ventava bastante e eu me sentia muito bem como espectadora, privilegiada pelo vento, que esvoaçava meu vestido e refrescava minha pele – coisa que não acontece dentro dos teatros, ambientes que também me agradam, mas que têm aqueles sistemas de ar-condicionado. De repente, apareceram algumas andorinhas voando baixo. Seria uma prévia do espetáculo? Deliciosamente, as pequeninas aves planavam, aliás, não era necessário bater as asas com aquele vento.
– Obrigada, vento, por trazer tão lindas andorinhas para perto da minha casa – pensei em voz alta.
A Dança das Andorinhas, como nomeei a prévia do meu espetáculo imaginário (será mesmo imaginário?), durou o tempo que ventava, uns cinco minutos. Pensei que outras pessoas, em outras casas, também aguardavam para uma prévia. Por isso, o gentil sopro da tempestade deveria ir com as andorinhas para outros lugares, antes que as cortinas se abrissem ou, se você preferir, antes que a chuva começasse a cair.

2 comentários:

Anônimo disse...

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Vaneweezer disse...

oie, adicionei seu blog no meu e agora vou sempre acompanhar. adoro esse jeito q vc escreve.
bjo