segunda-feira, março 17, 2008

Não preciso de óculos

A pupila, a íris, a córnea
a retina, o cristalino e a fóvea.
Quem te viu, quem te vê
os olhos também estão à mercê
daquela fadada sorte
também chamada morte
que a terra irá de comer
pois posso já pre-ver:
este que é irmão deste
também ama esse
e enxerga com a pupila, a íris, a córnea
a retina, o cristalino e a fóvea
um algo assim difícil de descre-ver
que só minha alma pode pro-ver
aí dentro desse seu olhar
que me fez-faz avistar:
não há terra que devore,
nem ciência que bem discorre
a-sobre a vida que está a pulsar
em nosso figurado e inspirado altar.

3 comentários:

Mateus do Amaral disse...

Vim, vi e vi de novo. Essa é uma declaração que poderia ser lida antes de qualquer congresso científico. Afinal, antes das grandes mentes, o mundo precisa dos grandes corações. Paz e bem!

Mateus do Amaral disse...

Vim, vi e vi de novo. Essa é uma declaração que poderia ser lida antes de qualquer congresso científico. Afinal, antes das grandes mentes, o mundo precisa dos grandes corações. Paz e bem!

Gabriel Ruiz disse...

Baita inspiração. Vou ficar aqui vendo, vendo e lendo, ver se a inspiração me surpre-prende.
Parabéns! Muito legal;)